Esboço econômico

Indicadores econômicos

A economia britânica, a sexta maior do mundo, mas sofreu várias contrações de -9,3% em 2022 por conta da pandemia da COVID-19, mas o PIB britânico se recuperou a 7,4% em 2021, antes de reduzir a 3,6% diante de uma escassez persistente de suprimentos e do aumento da inflação (FMI). O FMI prevê que o crescimento do PIB reduza ainda mais para 0,3% em 2023 e 0,6% em 2024. As projeções da OCDE são mais pessimistas, prevendo uma contração na economia de 0,4% em 2023 e 0,4% em 2023 e retornando a um ritmo de crescimento de 0,2% em 2024. Além da interrupção comercial relacionada ao Brexit, é provável que o Reino Unido continue sendo atingido por restrições significativas do lado da oferta e escassez aguda de mão de obra, agravada pela guerra na Ucrânia. O investimento empresarial permanecerá moderado devido a um custo de capital mais alto e incerteza persistente (OCDE).

A economia do Reino Unido se recuoerou da pandemia da COVID-19 graças às menindas de emergência e ao rápido desenvolvimento da vacina. Contudo, essa recuperação foi acompanhada de uma excassez de oferta e mão de obra diante da crescente demanda global e custos de transporte mais altos (OCDE). Em 2022, a recuperação da economia foi impedida pelas consequências da guerra na Ucrânia, como os altos preços de energia e a alta inflação em 9,1% em 2022 e 2,6% em 2021. Espera-se que inflação permaneça nessa tendência em 2023 (9%) antes de cair para 3,7% em 2024 (FMI). O Reino Unido adotou várias medidas de apoio para ajudar as famílias e as empresas para conter o aumento dos preços da energia, incluindo a Garantia de Preço da Energia e o Esquema de Alívio da Conta de Energia. O Banco da Inglaterra respondeu ao aumento da inflação com aperto monetário, elevando a taxa básica de juros várias vezes e começando a vender títulos do governo. Depois de subir para -12,8% do PIB em 2020, num contexto de queda das receitas e aumento dos custos das medidas de emergência, o déficit orçamental reduziu para -4,3% do PIB em 2022 (FMI). Espera-se que caia ainda mais para -2,3% do PIB em 2023 e -1,5% do PIB em 2024 por meio do aumento das receitas (FMI). O rácio dívida/PIB diminuiu de 102,6% em 2020 para 87% em 2022, e deverá reduzir ainda mais para 79,9% em 2023 e 76,7% em 2024 (FMI). Combater a inflação é a prioridade, além de enfrentar desafios estruturais de longa data, como baixo crescimento da produtividade, altas desigualdades de oportunidades e alcançar a neutralidade de carbono, com a agenda ‘Plano de Crescimento’ e ‘Nivelar para cima’ (OCDE).

As medidas tomadas pelo governo para dar surpote aos trabalhadores e autônomos ajudou a conter o crescimento da taxa de emprego, que caiu para 3,8% em 2022 (de 4,5% em 2021). Tal taxa deve aumentar novamente para 4,8% em 2023 e 5% em 2024, devida a fraca demanda. O PIB per capita (PPC) do país é estimado em 49.675 de dólares em 2021 segundo o Banco Mundial, mas o desempenho macroeconômico relativamente sólido do Reino Unido esconde fraquezas e situações de desigualdade. Assim, como o FMI enfatizou, o fortalecimento do capital humano é uma prioridade fundamental. Os esforços do governo para investir em infraestrutura, aumentar a oferta de moradias e aumentar a participação das mulheres no mercado de trabalho também ajudarão a apoiar um crescimento mais sustentável e inclusivo.

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