Esboço econômico

Indicadores econômicos

Para obter as previsões mais recentes sobre os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus, consulte a plataforma de rastreamento de Respostas Políticas para COVID-19 do FMI para as principais respostas econômicas dos governos.

A Polônia emergiu como um mercado dinâmico nos últimos 25 anos e tem se tornado um dos principais agentes dentro da União Europeia, sendo sua a décima maior economia. O país se recuperou bem da crise global provocada pela COVID-19, com o PIB retornando ao seu nível pré-pandemia já no segundo trimestre de 2021.  em 2022, a economia polenesa cresceu um estimado 3,8% com a produção industrial e as vendas no varejo crescendo em ritmo sólido no primeiro semestre do ano. O consumo privado também cresceu, em parte por causa dos gastos provovados pelos refugiados da Ucrânia e pela recuperação da pandemia, mas os investimentos diminuíram. O crescimento econômico deve se tornar negativo no início de 2023 devido à pressão dos custos elevados e ao aumento dos custos de financiamento. No entanto, o consumo privado deverá manter-se forte e o crescimento global deverá acelerar ao longo do ano, com o FMI prevendo que o crescimento do PIB se torne positivo (+0,5%). Em 2024, a flexibilização dos problemas de oferta deve sustentar as exportações, com crescimento previsto de 3,1%.

A política fiscal expansionista e os cortes no imposto de renda levaram a um aumento do déficit do governo geral em 2022, estimado em 4,2% do PIB (era de 3,1% no ano anterior). As medidas tomadas para mitigar o impacto do aumento dos preços da energia incluíram a redução das taxas do IVA, subsídios de aquecimento monetário às famílias e um regime plurianual de apoio às indústrias intensivas em energia e ponderado em cerca de 2,1% do PIB. Apesar de um programa plurianual de investimento na defesa que deverá aumentar a despesa nesta área até 3% do PIB ao ano, o FMI prevê um déficit orçamental menor em 2023 (3,7% do PIB). A relação dívida/PIB do país é relativamente baixa e foi estimada em 48,7% em 2022 e prevê-se que diminua ainda mais este ano (para 45,1%) antes de voltar a subir em 2024 (46,2% - FMI). O aumento dos preços da energia, a demanda crescente e os gargalos do lado da oferta contribuíram para um aumento constante e robusto da inflação, que atingiu um nível recorde de 13,8% em 2022. O crescimento contínuo dos salários, o repasse dos preços elevados da energia e a as políticas de apoio devem continuar alimentando o núcleo da inflação, projetada em 14,3% em 2023, antes de desacelerar para 4,3% no final de 2024.

A taxa de desemprego tem sido estruturalmente baixa, abaixo de 3%, embora mais de um em cada quatro trabalhadores tenha contratos temporários, o dobro da média da União Europeia. O mercado de trabalho mostrou-se resiliente à crise, embora a escassez de mão de obra emergente possa atuar como um obstáculo significativo ao crescimento do emprego no futuro próximo. Em 2022, o aumento do salário mínimo e mudanças fiscais associadas ao programa de estímulo fiscal “Polish Deal” foram adicionadas às pressões salariais, mas ajudou parcialmente o poder de compra das famílias. No entanto, a Comissão Europeia adverte que um aumento da inflação acima do esperado, decorrente de restrições de oferta e escassez de mão de obra, pode pesar no poder de compra e no crescimento do consumo privado. A taxa média de desemprego ficou em 2,8% em 2022 e deverá aumentar ao longo do horizonte de projeção, para 3,2% este ano e 3,4% em 2024 (FMI). O PIB per capita (PPP) dos cidadãos polacos era de 42.466 dólares em 2022, ainda 21,3% inferior ao da UE-27 (dados FMI). Finalmente, ainda existem grandes disparidades entre o leste e o oeste do país.

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