Esboço econômico

Indicadores econômicos

Para obter as previsões mais recentes sobre os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus, consulte a plataforma de rastreamento de Respostas Políticas para COVID-19 do FMI para as principais respostas econômicas dos governos.

A Holanda é a sexta maior potência econômica da Europa e o quinto maior exportador de mercadorias. O país é bem aberto comercialmente e, consequentemente, à conjectura econômica mundial. Nos últimos anos, a recuperação na Europa tem permitido que a economia cresça em um um ritmo dinâmico e, apesar das incertezas comerciais em um nível global, o processo Brexit e, acima de tudo, a propagação da pandemia COVID-19 causaram uma contração da economia holandesa. No entanto, a economia holandesa mostrou uma recuperação em 2021 (+4,9%) e em 2022 (+4,5%) tendo suporte com uma sólida exportação e crescimento de investimentos (FMI). Para 2023, foi anunciado um conjunto de medidas para mitigar o impacto dos elevados preços da energia e apoiar a procura interna. No entanto, a queda do rendimento disponível das famílias, o aperto das condições financeiras e a fraca conjuntura externa causada pelo conflito Rússia-Ucrânia deverão ter um grande peso no crescimento, que se prevê em 0,8% para o ano. O aumento dos investimentos e o contribuição positiva do comércio externo deverão ajudar a economia do país a crescer a um ritmo mais acelerado em 2024 (+1,7% - FMI).

Nos últimos anos a política fiscal do governo tem sido expansionária, apesar das finanças públicas holandesas parmanecerem sólidas, registrando um superávit orçamental. A tendência se inverteu como consequência das medidas de contenção da epidemia de COVID-19 seguida dos efeitos da alta inflação provocada pelo conflito na Ucrânia. As receitas do governo aumentaram em 2022 impulsionadas pelos impostos sobre o rendimento e pelos campos de gás holandeses, contribuindo para a redução do déficit fiscal, que se ficou em 1,2% do PIB. Diante de um orçamento expansionista - que inclui um limite máximo para o preço da eletricidade e do gás, uma redução do imposto especial sobre o consumo de combustíveis e um aumento do salário mínimo em 10% - prevê-se que o déficit público aumente para 1,4% do PIB em 2023 (FMI – 4% segundo a Comissão da UE) e 2,1% no próximo ano. Da mesma forma, projeta-se que a relação dívida/PIB aumente de 50,3% do PIB em 2022 para 52,4% em 2023 e 53,2% em 2024 (Comissão da UE). Impulsionada pelos altos preços da energia, a inflação atingiu um nível recorde de 12% em 2022. O teto de preço deve contribuir para uma redução da inflação plena, prevista em 8% em 2023, antes que a taxa volte a se aproximar da meta do BCE em 2024 (2,7 % FMI).

A Holanda apresenta rendas per capita muito elevadas, com uma distribuição bastante igualitária. O PIB per capita está acima da média da UE e foi estimado em 69.715 dólares em 2022 (PPP - dados do FMI). O mercado de trabalho holandês continua apertado, com a taxa de desemprego caindo 3,5% em 2022 (de 4,2% no ano anterieor). Os salários nominais têm crescido, apesar de não estarem acompanhando a inflação. Para 2023 e 2024, o FMI prevê que a taxa de desemprego caia para 3,9% e 4%, respectivamente.

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