Esboço econômico

Indicadores econômicos

Para obter as previsões mais recentes sobre os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus, consulte a plataforma de rastreamento de Respostas Políticas para COVID-19 do FMI para as principais respostas econômicas dos governos.

A França é o sétimo país com maior poder econômico, ficando atrás somente do Reino Unido e da Índia (WEF, 2022). Depois de sofrer uma das contrações econôpmicas mais acentuadas entre os países da União Europeia em 2022 (-8%), por causa da pandemia da COVID-19, a economia francesa teve uma forte recuperação em 2021 (+6,8%). Contudo, a invasão rússa na Ucrânia e subsequente crise de energia amorteceram sua recuperação ao reduzir o poder de consumo, minando a confiança e exacerbando as dificuldades do lado da oferta (FMI). O crescimento econômico desacelerou para 2,5% em 2022 e, de acordo com as previsões do FMI, deverá cair ainda mais para 0,7% em 2023 antes de se fortalecer a 1,6% em 2024.

Em 2022, após uma forte recuperação da pandademia, economia francesa foi afetada pela crise de energia provocada pela invasão da  Rússia na Ucrânia. Apesar de contar com a energia nuclear e com a baixa dependência do gás russo, o país enfrentou uma desaceleração aguda em suas atividades econômicas e uma alta inflação. Uma forte resposta política foi aplicada para enfrentar a crise, correspondendo a mais de 2% do PIB, e incluindo o congelamento dos preços do gás e da eletricidade, transferências de dinheiro para as famílias, desconto no preço dos combustíveis e apoio às empresas (FMI). O déficit orçamental diminuiu de -5,1% do PIB em 2021 para -4,5% em 2022, mas se espera que permaneça alto em 2023 (112,5% do PIB) e 2024 (113,5%). Devido ao aumento nos preços da energia e aos gargalos da cadeia de suprimentos, a inflação aumentou de 2,1% em 2021 para 5,8% em 2022, mas permanece bem abaixo da média da União Europeia, principalmente devido aos controles e subsídios de preços de energia (FMI). Para os próximos anos, espera-se que a inflação permaneça alta,  com 4,6% em 2023,  antes de cair para 2,4% em 2024 (FMI). As prioridades para 2023 incluem combater a inflação e proteger as famílias, minimizar o aumento do desemprego, acelerar a transição ecológica e apoiar a saúde e a educação. O plano França 2030 visa impulsionar a inovação e o investimento críticos. Além do risco representado por novas cepas do vírus COVID-19 e pela diminuição da eficácia da vacina, a França enfrenta desafios estruturais: alto desemprego, fraca competitividade e altos encargos de dívida pública e privada. As altas taxas de desemprego, especialmente entre os jovens, continuam sendo uma preocupação crescente para os legisladores.

A taxa de desemprego, que atingiu uma estimativa de 8% em 2020, caiu para 7,5% em 2022 e se espera que permaneça por volta do mesmo valor em 2023 (7,5%) (FMI). A implantação do regime de trabalho de curta duração limitou as perdas de emprego em grande escala, mas os esforços para continuar impulsionanddo as habilidades dos trabalhadores e direcionar a ineficiência do sistema educacional continuam sendo a chave para melhorar a taxa de desemprego. A mobilidade social continua baixa e as taxas de emprego de muitos grupos desfavorecidos são baixas.

Alguma observação sobre este conteúdo? Fale conosco.