Argentina: Esboço econômico
Para obter as previsões mais recentes sobre os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus, consulte a plataforma de rastreamento de Respostas Políticas para COVID-19 do FMI para as principais respostas econômicas dos governos.
A Argentina tem uma longa história de instabilidade política e econômica, com flutuações de crescimento significativas a cada ano. Em 2022, o país teve uma estimativa de crescumento do PIB de 4%, principalmente devido ao consumo privado e à recuperação dos setores que foram afetados pela pandemia. Contudo, estima-se que a segunda maior economia da América do Sul continue a se recuperar nos próximos anos, com o FMI prevendo um crescimento do PIB de 2,% em 2023 e em 2024, enquanto a contração monetária e a pressão dos preços devem enfraquecer o mercado de trabalho e o consumo privado.
Desde 1950, a Argentina passou 33% do tempo em recessão, sendo o segundo do mundo de acordo com o Banco Mundial, atrás somente da República Democrática do Congo. A inflação estruturalmente alta cresceu em 2022 e atingiu uma taxa estimada de 72,4%, de acordo com o FMI, uma vez que grande parte do déficit fiscal foi monetarizado e o Peso desvalorizou devido à falta de um plano de crédito econômico por parte do governo. A fim de refrear as pressões inflacionárias, o governo implementou novas taxas de câmbio a mais de 10 que já existem na Argentina. Segundo o FMI, o saldo do governo geral na Argentina representou cerca de -3,8% do PIB, enquanto a dívida pública atingiu 76% em 2022. Além disso, o país vem avançando na renegociação da dívida de 40 bilhões de dólares com o FMI e alcançou um acordo em 2022. Assim, espera-se que o país continue em seu caminho para reduzir ainda mais o desequilíbrio macroeconômico e restaurar a ordem fiscal nos próximos anos. Embora a pandemia tenha impactado significativamente a economia argentina, o país vem se recuperando, com o governo implementando medidas para combater a crise econômica dela decorrente.
Em 2021, a taxa de desemprego da Argentina foi de 6,9%, coerente com a recuperação econômica do país. Essa tendência de queda deve continuar sem alterações em 2023 e 2024. No entanto, mesmo que o emprego formal esteja crescendo, a alta informalidade do trabalho continua sendo uma preocupação no país. O governo argentino tem enfrentado dificuldades para combater os altos níveis de pobreza, que atinge mais de 40% da população, e a situação social do país é caracterizada por constantes tensões subjacentes entre o governo e os sindicatos sobre as reformas anunciadas. O país também está dividido entre autoridades centrais e descentralizadas sobre a distribuição das receitas federais. As redes de infraestruturas exigem mais investimento, pois o acesso à electricidade e à água nas zonas rurais nem sempre é assegurado.
Indicadores de crescimento | 2022 | 2023 (E) | 2024 (E) | 2025 (E) | 2026 (E) |
PIB (bilhões de USD) | 630,61 | 621,83 | 632,63 | 635,91 | 660,28 |
PIB (crescimento anual em %, preço constante) | 5,0 | -2,5 | 2,8 | 3,3 | 3,0 |
PIB per capita (USD) | 13.620 | 13.297 | 13.394 | 13.330 | 13.704 |
Saldo do Balanço de Pagamentos (em % do PIB) | -4,1 | -3,2 | -2,8 | -1,2 | -0,1 |
Dívida Pública (em % do PIB) | 84,7 | 89,5 | 79,9 | 76,8 | 75,8 |
Índice de inflação (%) | n/a | 121,7 | 93,7 | 54,1 | 42,1 |
Taxa de desemprego (% da população economicamente ativa) | 6,8 | 7,4 | 7,2 | 7,2 | 7,2 |
Balanço das transações correntes (bilhões de USD) | -4,29 | -3,76 | 7,30 | 5,24 | 6,17 |
Balanço das transações correntes (em % do PIB) | -0,7 | -0,6 | 1,2 | 0,8 | 0,9 |
Fonte: IMF – World Economic Outlook Database, 2016
Nota: (e) Dado estimativo
Indicadores monetários | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 |
Peso argentino (ARS) - Taxa cambial média anual em relação ao 1 ZAR | 1,00 | 1,25 | 2,12 | 3,34 | 4,28 |
Fonte: World Bank, 2015
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Últimas atualizações em Outubro 2023